Procalcitonina

por Paulo Soares Ter 08 Nov 2011, 22:44

Bem hajam.

Em que unidades / hospitais se está a utilizar o doseamento de procalcitonina para avaliar o risco de infecção / septicemia?

No hospital São João não a temos disponível e gostava de saber na prática as vantagens em relação à PCR, que na realidade parece ter.

A sua subida é mais precoce?

Tem papel na "avaliação" dos riscos infecciosos?

Nos quadros clínicos sugestivos de sépsis permite mudar a atitude em relação ao início de antibioterapia empírica?

Outras situações em que pareça ser útil...

Grato, Paulo Soares

por Admin Qua 09 Nov 2011, 00:34

Olá
No CHP já se chegou a usar, em tempos, creio que num contexto experimental. Neste momento não tenho dados mais precisos, mas vou ver isso e voltarei aqui com mais informação.

por Admin Qua 09 Nov 2011, 14:03

Olá.

Como disse, usámos no HSA num contexto experimental, e o resultado não foi famoso. A conclusão é que não tinha vantagem sobre a PCR e não foi recomendado o seu uso.

Editei este post para acrescentar que este estudo experimental foi há cerca de 6 anos. Agora a técnica pode ser diferente.

por almerinda Seg 21 Nov 2011, 14:03

Olá Paulo. Vai haver no próximo dia 12 de Dezembro no período da manhã, no Porto, na Universidade Fernando Pessoa, uma reunião médica sobre a procalcitonina. Vou enviar ao Simão Pedro o programa para ele publicitar e poder assistir quem estiver interessado. No Hopital de Braga já dispomos de procalcitonina. Temos vindo a usar, esporádicamente, mas ainda não entrou na rotina. Aparentemente sobe mais rápidamente do a Proteina C reativa e por isso pode ajudar a decidir mais precocemente o início da terapêutica.

Cumprimentos.

Almerinda

por Maria Teresa Neto Ter 22 Nov 2011, 21:51

No estudo que fizemos na UCIN do Hospital de Dona Estefânia entre 1997 e 2000 a sensibilidade da procalcitonina para a sepsis comprovada foi de 0,79, a especificidade de 0,71. para a mesma população a PCR teve sensibilidade 0,75 e especificidade 0,95. A procalcitonina varia com a idade nos primeiros dias de vida. Isoladamente não oferece mais vantagens do que a determinação de PCR seriada. Não usamos a procalcitonina na nossa unidade e não achamos que traga mais valia no diagnóstico da infecção no período neonatal